sexta-feira, 30 de maio de 2008

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Vícios

Do prazer à dor

As drogas ilegais não são as únicas substâncias a provocar dependência; existem também os loucos por sexo, chocolate, jogos e mesmo por compras

Quem nunca se divertiu ao consumir álcool ou tentou esquecer


algum problema tomando um porre que atire a primeira pedra. Se não foi com álcool, pode ter sido com o cigarro, com drogas ilícitas e até mesmo com chocolate e café. Ou ainda, numa fúria consumista, no shopping ou em um sexo bem feito. O fato é: a busca pelo prazer nos move, tendemos a repetir ações agradáveis e às vezes é nesse prazer que encontramos uma forma de fugir das dificuldades. O problema é quando o "gostar muito" se transforma em dependência, e o prazer se transforma em dor.
Não são apenas os consumidores de drogas ilícitas (cocaína, heroína, maconha...) ou lícitas (cigarro e álcool) que estão sujeitos a isso. Sexo, jogo, compras e comida também podem ser alvo de compulsão e os seus dependentes apresentam os mesmos sintomas de quem se vicia em substâncias químicas. Os especialistas são categóricos ao dizer que não existe sociedade sem drogas - isso se estende, para todo tipo de substância psicoativa, ou seja, que afete o funcionamento do cérebro (o que inclui também a cafeína, presente no café, na Coca-Cola e no chocolate). Mas é possível ir além: talvez não exista sociedade sem vícios - sejam eles por drogas ou por comportamentos.
Faz parte da história da humanidade buscar substâncias psicotrópicas. Acredita-se que o consumo de ópio, álcool e Cannabis já ocorria de 3.000 a 4.000 anos antes de Cristo.
"O fenômeno de dependência de drogas é algo que se prende à condição humana com diversas finalidades, desde a de apaziguar as dores, as angústias, as tristezas, até o de elevar aos deuses", escrevem os psiquiatras Antônio Pacheco Palha e João Romildo Bueno no prefácio do livro "Dependência de Drogas", que compila textos de 54 especialistas no assunto. "Assim sendo", continuam eles, "é natural que, enquanto houver dor, angústia, frustração, abatimento e dúvidas o homem irá continuar o uso de drogas ".
Mas não é só a busca de um alívio que leva a esse consumo. "Existem dois tipos de vício: um que serve para alterar a percepção de uma realidade intolerável e outro que passa só pela questão do prazer", afirma o psiquiatra Dartiu Xavier, coordenador do Proad (Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes), da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).

Tudo pela recompensa

É o prazer que explica por que é possível ficar dependente de coisas tão diferentes como drogas, chocolate, café, jogo, sexo ou compras. Análises de mapeamento mostram que há uma região no cérebro, conhecida como sistema de recompensa, que é ativada por substâncias presentes tanto nas drogas quanto no nosso próprio corpo (hormônios e neurotransmissores) e que são liberadas quando passamos por estresse, excitação, alegria etc.
"Tudo o que é bom a gente quer repetir. Isso porque o cérebro se lembra que gostou e pede mais", explica a neurocientista Suzana Herculano Houzel, autora do livro "Sexo, Drogas, Rock´n´roll e Chocolate - O cérebro e os prazeres da vida cotidiana". Esse comportamento do cérebro é que nos faz ter motivação para tocar a vida.
O que intriga é por qual razão uma boa parcela dos usuários se contenta com o consumo recreativo de drogas e a prática saudável de sexo, por exemplo, enquanto outros tantos caem na dependência. A explicação da neurociência é que, diante de certos comportamentos ou consumo excessivo de uma substância, o sistema de recompensa é ativado ao extremo e, por proteção, acaba se dessenbilizando. Fazendo uma comparação bem simples, é o mesmo que ocorre com o elástico esticado além do limite e que não volta mais ao normal.
"Na próxima vez, aquele mesmo comportamento vai resultar em uma ativação menor do sistema de recompensa, em um prazer menor, e, para conseguir o mesmo grau de prazer que se conseguia antes, vai ser preciso mais daquilo. Jogar mais, fazer mais sexo, usar mais droga, comer mais chocolate", diz Suzana.
O problema é que essa dessensibilização do sistema de recompensa gera uma espécie de déficit de satisfação. Imagine que, no estado natural, todos temos um nível médio de ativação do sistema de recompensa. Entre os dependentes, o nível fica abaixo do normal. "É por isso que a vida da pessoa passa a orbitar ao redor do vício, que vira idéia fixa. Tudo o que a pessoa faz está centrado em como conseguir mais daquela coisa", explica a neurocientista. "E não faz diferença se é uma dependência química ou não-química. Todas passam pelo excesso de ativação e dessenbilização do sistema de recompensa."
Mas o que leva algumas pessoas à perda do controle independe de critérios simples, como a quantidade de droga ingerida. Para Xavier, um dos motivos pode ser a existência de problemas psíquicos e emocionais na vida do usuário. Em sua tese de doutorado, ele avaliou dependentes de álcool e de cocaína e descobriu que 80% apresentavam algum distúrbio nessa linha, sendo que 44% tinham depressão - a maioria adquirida antes do consumo de drogas. "É como se a droga servisse de alívio para os sintomas depressivos. Está aí a entrada para a dependência química", afirma. Segundo o pesquisador, problemas na família são outro fator de risco para a dependência. "Teoricamente não é possível que uma pessoa sem problemas acabe se viciando", diz. Claro que é preciso levar em conta qual droga está sendo consumida.

Dependência Psicológica

No caso da maconha, menos de 10% dos usuários ficam dependentes, número que sobe para 60% com a cocaína e para 80% com o crack e a heroína, de acordo com Xavier.
Além disso, o maior problema é a dependência psicológica. "A medicina evoluiu tanto que é facílimo tirar alguém de uma dependência física, mas o indivíduo recai por causa da psicológica".
Ele cita um estudo feito na década de 80, na Universidade Harvard, nos EUA, que descreveu pessoas que usavam heroína, uma das drogas que mais causa dependência, sem se viciar. Isso mostra que nem tudo pode ser atribuído à droga. "Ela é um fator necessário para causar dependência, mas não suficiente. É preciso ter a droga e mais um monte de coisas", diz.
As dependências químicas e não-químicas estão tão arraigadas que o tratamento acaba sendo bastante parecido. É nisso que aposta o Proad, que criou, ao lado do ambulatório de drogas e álcool, um local voltado para compulsivos por comida, sexo e jogo. "Uma das hipóteses é de que existe um mecanismo central por trás de tudo, independente de a pessoa ser dependente de jogo, droga, álcool ou sexo. As formas de tratar são as mesmas."
Os médicos e psicólogos perceberam também que muitos usuários tendem a transitar de uma droga para outra, e delas para um comportamento compulsivo. "O indivíduo vai trocando de dependência e mascara o problema dele independente do vício. O efeito é o mesmo. Em todos os casos está por trás a busca do prazer e a perda do controle", constata. Novamente a neurociência confirma: "A explicação é que todos os vícios passam pelo mesmo lugar do cérebro. Cada um escolhe, digamos, a sua droga de preferência, mas na falta dela, qualquer outra serve para ativar o sistema de recompensa", diz Suzana Herculano-Houzel. "Por isso, até os tratamentos pensam nesse todo. A recomendação dos Alcoólicos Anônimos e dos Narcóticos Anônimos é abstinência total, é a pessoa reconhecer que o vício se aplica a tudo".

Sociedade do Vício

Para Dartiu Xavier, essas múltiplas opções também são reflexo de uma sociedade voltada para os vícios. "Tendemos a estimular esses comportamentos, somos consumistas e de certo modo até hedonistas. Tudo é voltado para a obtenção do prazer". Para ele, o comportamento dos pais em exigir dos filhos desempenhos fantásticos em todos os aspectos da vida colabora para uma fuga para as drogas. "Esperamos que nossos filhos sejam muitos inteligentes, bonitos e satisfeitos sexualmente. Essas sensações todas são percebidas por quem usa cocaína. O modelo de mundo que a gente passa para as nossas crianças é o de intoxicação por cocaína. A gente não ensina o mundo de verdade. E depois eles ficam com a auto-estima lá em baixo, frustrados, e a droga aparece como uma saída", dispara.
Assim pensa também o médico sanitarista Fábio Mesquita, pioneiro na criação de programas pela redução de danos aos usuários de drogas. "O consumo de drogas hoje é uma epidemia e está relacionado a uma vulnerabilidade social que faz com que as pessoas se apeguem a todo tipo de coisa. As pessoas são bombardeadas com propaganda de cigarros, de álcool e até mesmo de drogas ilícitas, que não estão na TV, mas que chegam às pessoas. Por isso acredito que hoje seria praticamente impossível, nesse contexto social, uma sociedade sem drogas".
Ele lembra que em 1998, a ONU fez uma assembléia especial sobre drogas, quando foi proposto que até 2008 o mundo ficaria livre desse problema. Nesse ano foi feito o primeiro balanço e se constatou que cresceu o consumo. "Esse tipo de proposta é um delírio, completamente irreal". Mas, se isso é uma condição inerente ao ser humano, como ficam as pessoas totalmente proibidas de usar drogas - como ocorre nas sociedades islâmicas mais radicais?
Para Mesquita, a repressão e a religiosidade "seguram" as pessoas, mas na primeira oportunidade elas buscam outro tipo de prazer. "O Afeganistão. por exemplo, logo que se libertou do regime Taleban voltou a ter uma tremenda produção de ópio para exportação. Outro bom exemplo é a Rússia, onde praticamente não havia consumo de drogas durante o regime comunista e hoje é o país onde mais crescem os casos de Aids por uso de drogas injetáveis".
Na contramão estão os dependentes convertidos pelas religiões evangélicas que oferecem a Bíblia no lugar das drogas. "De certo modo, é como se elas se viciassem em religião", brinca Mesquita. Elas assumem um comprometimento emocional, psicológico de outra natureza, mas também passam a dedicar sua vida 24 horas àquilo, só falam desse assunto e só pensam nele".
Do mesmo modo que ocorre com as drogas.

Todos os caminhos levam ao sistema de recompensa

A palavra "vício" costuma ser aplicada só para os casos de dependência de drogas, mas o que se caracteriza por esse desejo obsessivo, tolerância e síndrome de abstinência também se aplica para comportamentos compulsivos. Em todos os casos é ativado o sistema de recompensa do cérebro e, em geral a quantidade de dopamina (neurotransmissor ligado ao prazer) aumenta no núcleo acumbente (NAc), que é o centro do sistema. Como resultado a dopamina circulante pode chegar a ser dez vezes maior que a produzida por prazeres cotidianos, levando a um verdadeiro êxtase.
Diante de tamanha ativação, o sistema de recompensa reage e diminui a sua sensibilidade. A partir daí, para conseguir o mesmo prazer inicial, o usuário tem de consumir cada vez mais. Veja abaixo como cada droga interfere no circuito de prazer do cérebro:

Opiáceos e Opióides - Ópio, morfina e heroína ativam diretamente os receptores das endorfinas (opióides do próprio corpo) no núcleo acumbente. A função delas normalmente é regular o teor final de dopamina no NAc. Com a ação das drogas, a produção de dopamina cresce, o que leva a sensações de euforia e bem-estar.

Ecstasy - É uma anfetamina modificada, mas não age como uma (liberando dopamina direto no NAc), e sim como a cocaína, impedindo a reabsorção da dopamina. Essa ação é tão duradoura que o prazer pode se prolongar por horas. A droga age também em vários outros lugares do sistema límbico, inclusive o hipotálamo, que regula funções vitais. É esse comportamento que pode desencadear problemas com hipertermia e desidratação que podem levar à morte.

Cocaína e Crack - Impede a reabsorção da dopamina liberada no núcleo acumbente em uma situação de prazer. A droga bloqueia o processo de reciclagem da dopamina pelos neurônios aumentando sua duração e seus efeitos nas sinapses, o que leva à sensação de euforia característica da droga. O uso continuado danifica os neurônios e pode levar à redução dos efeitos da dopamina, provocando depressão e agressividade.

Álcool - Seu efeito vem de mais longe: ele age na origem das fibras dopaminérgicas que chegam ao NAc, numa área no meio do cérebro chamada área tegmental ventral (começo do circuito de prazer). O álcool ativa diretamente os neurônios do VTA, que passam a liberar mais dopamina sobre o NAc. O resultado, mais uma vez, é o aumento da concentração de dopamina no NAc. O uso prolongado prejudica a estrutura dos neurônios e afeta a comunicação entre eles.


terça-feira, 13 de maio de 2008

TESTEMUNHO


Chamo-me Paulo, gosto de sobremesas, andar de carro, brincar com o meu filho, dar prendas...Você não deve estar a perceber nada, mas isto são coisas que hoje eu gosto tenho prazer em faze-las e trabalho para elas. O que eu não gosto já te digo; é que tenho uma doença chamada adicção, sou seropositivo, e tenho hepatites. Comecei a usar drogas e álcool aos 12 anos no Brasil pois lá nasci, hoje tenho 35 anos, penso que comecei a usar drogas por ter medo de enfrentar as dificuldades que qualquer adolescente tem ao crescer e a droga deu-me segurança e coragem na altura para enfrentar a vida.Começei pela cola, erva e ai a cocaína até hoje esse nome mexe comigo. E então aos 22 anos vim para Portugal, estava eu no auge dos meus problemas com a cocaína quando minha família enviou-me para cá pensando talvez que aqui não “houvesse droga”, E que por sinal já me tinham remetido para outros destinos (Canada,E.U.A e etc...) acabou sempre igual, problemas e expulso destes países, mas cá em Portugal eu descobri a minha “heroína” e junto com ela conheci uma realidade que nunca pensei que eu chegasse. Foram roubos, maltratos à família, dormir na rua, estacionar carros, limpar vidros de automóveis nos semáforos apanhar da policia e etc...Se você esta pensando que eu escrevo isto da boca para fora que isto não acontece, a verdade é que eu também pensava que isto só acontecia com os outros, mas não, viver para o próximo caldo, sem pensar nos meios para atingir os fins.Varios tratamentos pelo meio, desintoxicações, promessas e mais promessas e nada. Eu já não acreditava e começava a acreditar que não havia saida.Veio um filho, uma companheira eu que pensava que o filho ia ser a minha salvação até numa alcofa levei meu filho para os bairros de uso. Vieram então as outras doenças Sida, hepatites para dar-me mais motivos para eu ser um coitadinho. Só faltou mesmo vender minha mãe, e um dia minha companheira disse-me que ou saia eu ou ela ia embora com o meu filho. Até hoje o meu conselheiro me diz que eu quando entrei para tratamento, eu já não queria usar drogas e álcool eu só não sabia como. E foi através do R12, através da equipe “humana” que lá trabalha (cozinheiras, monitores, conselheiros, pessoal administrativo) que eu em cerca de 4 meses fui aprendendo que era capaz de viver de forma honesta e digna. Que sou capaz de amar e ser amado e hoje “só por hoje” vão quase dois anos que eu vivo, acarinhando as doenças e 2ªs doenças...

terça-feira, 6 de maio de 2008

TESTEMUNHOS DROGA
"Droga, tudo destrói,
Amor, Amizade e Confiança
caminhamos nesta direcção
e tudo se apaga,e aos amigos o que lhes resta,
é a esperança de um dia,
voltar-mos a ser o que éramos
e conquistar de novo, o coração dos amigos,
perdidos na dura batalha.
Droga, mundo inferna
ltudo fazemos por "ela"
e "ela" o que faz por nós?
"Ela" destrói-nos,
leva-nos ao desespero, à morte
e por vezes fazemos sofrer
quem mais nos ama.
É um vício difícil de abandonar
difícil de esquecer,
mas é preciso fugir-lhe
para se poder viver...
Só então aprendes a construir
no hoje o teu caminho,
não deixes que as tristezas de ontem
e as incertezas de amanhã,
te estraguem a felicidade de hoje.
Todos nós temos poder para resistir
somos suficientemente fortes para dizer BASTA!
Temos que acreditar no NOSSO PRÓPRIO VALOR!"
João Onofre

sexta-feira, 2 de maio de 2008

terça-feira, 15 de abril de 2008

Drogas

CANNABIS
(CHARROS; GANZA; XITO; CHARUTOS; ERVA; PORRO)

Nenhuma droga, legal ou ilegal, é isenta de efeitos secundários.
A cannabis é a mais popular de todas as drogas ilegais e aparece normalmente no seu estado seco natural, como erva ou como resina (haxixe); no entanto, os seus efeitos são diversos e, por isso, é necessário estar informado.
Produzimos este folheto para que, de uma forma simples, possas encontrar informação sobre esta substância.


NÓS ALERTAMOS... TU DECIDES!

ERVA: FLOR E FOLHA
HAXIXE: RESINA E ÓLEO

A cannabis apresenta-se sob várias formas, resina ou haxixe, erva ou óleo.
A erva provém de uma larga variedade de "castas". Uma das mais fortes é o Skunk. Quanto mais forte é o tipo de erva maior é a quantidade de THC (o
princípio activo que provoca a "pedra") e mais alucinogénico é o efeito.


FORMAS DE CONSUMO

A cannabis é, na maior parte das vezes, fumada com tabaco e o tabaco só por si provoca vários problemas.
Embora os "charros" sejam a forma mais usual de consumir cannabis, há outras formas de consumo: puro, em cachimbos próprios, em cachimbos de água e, apesar de menos usual em Portugal, a cannabis pode também ser ingerida.

PORQUE SE CONSOME?

As pessoas utilizam cannabis pelas mais variadas razões.
Algumas acham-na relaxante e social, uma droga de recreio que realça as cores e os sons. Outras, utilizam-na com fins medicinais (apesar de não ser legal fazê-lo), pois contém propriedades relaxantes e estimuladoras do apetite.
Muitas pessoas consideram a cannabis praticamente inofensiva e têm lutado pela sua legalização. No entanto, a verdade é que o seu consumo não é isento de riscos.

COMPOSIÇÃO

São vários os compostos da cannabis, sendo o mais importante o 9 -THC ( Delta 9 Tetrahidrocannabinol), princípio activo químico que provoca os efeitos
associados ao seu consumo, quanto maior for a quantidade de 9 -THC mais alucinogénico é o efeito.
Em doses pequenas, os efeitos podem ser contraditórios: estimulante e sedativo. Mas os seus efeitos reais são condicionados por vários factores: grau
de pureza, ambiente gerado à volta do consumo, bem como da predisposição de quem consome.

EFEITOS

Os efeitos negativos da cannabis podem incluir sensações de paranóia, boca seca, problemas respiratórios e ansiedade. Outros efeitos que podem ocorrer em determinadas situações incluem redução da capacidade de concentração,
cansaço, confusão, alteração da memória e dissociação de ideias.
Tal como os ácidos, a cannabis pode ter efeitos alucinogénicos e causar ansiedade. As más experiências podem incluir ataques de pânico ou
hiperventilação (respiração rápida e superficial, dando a sensação de tontura).
A cannabis pode retirar a capacidade de concentração, a memória, bem como a capacidade de reacção a uma situação inesperada.

PORQUÊ ARRISCAR?


DURAÇÃO DOS EFEITOS

A cannabis é a droga que mais tempo permanece no organismo podendo ser detectada, através de análises, durante vários dias, ou mesmo semanas,
após o consumo.
Os efeitos começam a sentir-se rapidamente, apenas em minutos e duram aproximadamente 3 a 6 horas, no entanto, e dependendo da quantidade de THC
da planta, estes podem ser sentidos durante 24 horas.

DEPENDÊNCIA

O uso regular de cannabis pode ser visto como uma forma de dependência e para algumas pessoas torna-se bastante difícil parar os consumos desta
substância, mesmo quando não se assume que esta situação está a acontecer (negação da dependência).
Há um crescente número de consumidores a pedir ajuda em centros especializados para pararem o consumo. Os utilizadores regulares acabam, muitas vezes, por descobrir que a cannabis se tornou "tudo" na sua vida.


"NÃO TE DEIXES "ENROLAR"


EFEITOS NA CONDUÇÃO

Conduzir, motas ou carros, debaixo do efeito da cannabis pode ser potencialmente perigoso, especialmente se for misturado com álcool.
A cannabis diminui a percepção do risco, assim quando não vês perigo acabas por ser tu o perigo.
Há muitos acidentes que podem ser evitados.

PORQUÊ UM CHARRO?

NEM SEMPRE É PRECISO DIZER SIM PARA PERTENCER AO GRUPO


ESCALADA DOS CONSUMOS

Um dos problemas do consumo de cannabis está relacionado com a escalada dos consumos, ou seja, o contacto com esta substância pode levar ao consumo de outras com consequências potencialmente graves.
Apesar de sabermos que nem todas as pessoas que consomem cannabis experimentam outras drogas sabemos, também, que a maioria dos consumidores de cocaína e heroína iniciaram os seus consumos de drogas com cannabis.

MISTURADA COM OUTRAS DROGAS

Se as várias drogas são perigosas por si, ainda o são mais quando misturadas.
Misturar cannabis com álcool produz um efeito potenciado, quer do álcool quer da cannabis.
Neste caso, a ansiedade e/ou apatia instalam-se rapidamente, o que se pode tornar numa experiência verdadeiramente assustadora.



PROBLEMAS MÉDICOS ASSOCIADOS

São vários os problemas médicos associados ao consumo de cannabis, dos quais se destacam:
• Bronquite crónica;
• Dependência psicológica devido ao princípio activo THC;
• Problemas de memória, de motivação e de aprendizagem;
• Agravamento de problemas psíquicos ou psiquiátricos, particularmente junto
dos jovens consumidores;
• Risco acrescido de desenvolvimento de doenças pulmonares;


LEI

A cannabis, é uma droga ilegal.
Com 16 anos, és responsável legalmente pelo consumo, posse ou plantação de cannabis (Lei n.º 30/2000).

DICAS

O consumo de drogas é sempre um risco, mas se depois de teres informação correcta sobre os riscos que corres e ainda assim decidires consumir, ficam
aqui algumas recomendações que te podem ser úteis:
1- não mistures cannabis com álcool ou outras drogas;
2- procura lugares calmos evitando situações de conflito;
3- nunca consumas se tens que estudar, trabalhar ou tomar decisões importantes para a tua vida;
4 - não conduzas, procura andar a pé ou viajar de transportes públicos;
5 - se não te sentes bem, se estás deprimido, triste ou ansioso não consumas, só vais agravar a situação;
6 - tem cuidado com as pessoas com quem escolhes consumir, mas evita fazê-lo sozinho;
7 - se depois de consumires te sentires mal, enjoado, com palpitações ou vómitos pede ajuda.


CASO TENHAS PROBLEMAS PSICOLÓGICOS (OU ANTECEDENTES
NA FAMÍLIA), CARDÍACOS, RESPIRATÓRIOS OU ESTEJAS GRÁVIDA.

NÃO ARRISQUES!

PASSA O CHARRO!